EUA: Milhares apoiam Israel em ato em frente ao Capitólio.

Exibindo bandeiras israelenses, os participantes gritavam “nunca esqueceremos”.

Capitólio Foto: Pixabay

Milhares de pessoas se reuniram nesta terça-feira (14) em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, em Washington, para expressar apoio a Israel na guerra da Faixa de Gaza, exigir a libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista islâmico palestino Hamas e repudiar o antissemitismo.

A manifestação foi convocada pelas Federações Judias da América do Norte (JFNA, na sigla em inglês), que esperava atrair cerca de 100 mil pessoas, e foi apoiada por líderes republicanos e democratas do Congresso.

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O protesto cobriu grande parte da esplanada do National Mall na capital dos EUA, onde os participantes exibiram bandeiras israelenses e gritaram frases como “estamos com Israel”, “libertem os reféns” e “nunca esqueceremos”.

A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos do braço armado do Hamas se infiltraram de surpresa em Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando mais de 240. Desde então, o Exército israelense ataca a Faixa de Gaza por terra, mar e ar, deixando mais de 11 mil mortos e milhares de desabrigados, de acordo com autoridades palestinas.

– Meus pais são sobreviventes do Holocausto. Nunca senti nada parecido com isso antes. Vim para mostrar meu apoio, [o que aconteceu em 7 de outubro] é intolerável – disse Shaya, que participou da manifestação.

Segundo o manifestante, as forças armadas israelenses “têm que terminar o trabalho” de eliminar o Hamas e acusou o grupo islâmico palestino, que controla a Faixa de Gaza, de usar civis como “escudos humanos”.

Os organizadores do protesto projetaram em telas gigantes uma mensagem de apoio e agradecimento do presidente israelense, Isaac Herzog, aos manifestantes.

O comício também contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson, e do líder dos democratas do Senado, o judeu Chuck Schumer.

O apoio inquestionável a Israel é geralizado no Congresso dos EUA, quebrado apenas por algumas vozes dissidentes, como a da democrata de origem palestina Rashida Tlaib.

Mas Lorry, uma manifestante que veio de Nova Iorque, acredita que o ataque do Hamas ocorreu porque a ajuda do governo de Joe Biden a Israel é “insuficiente”.

– Estou aqui para mostrar meu orgulho de ser judia e para expressar meu apoio a Israel e ao meu povo – declarou a mulher, que se disse “assustada” com a disseminação do antissemitismo “em todo o mundo”.

Biden ordenou que seu governo intensificasse a proteção das comunidades judaica, muçulmana e árabe-americana no país.

De acordo com a Liga Antidifamação (ADL), uma organização dedicada ao combate ao antissemitismo, 312 ataques antissemitas foram registrados nos EUA entre 7 e 23 de outubro, um aumento de 388% em relação ao mesmo período do ano passado.

O diretor do FBI, Christopher Wray, alertou o Senado que o antissemitismo atingiu “níveis históricos” no país.

O governo Biden lançou a “primeira estratégia nacional de combate à islamofobia”, um plano que chega em meio às críticas da comunidade árabe sobre o apoio incondicional dos EUA a Israel na Faixa de Gaza.

*Com informações EFE

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