Israel chora por mortos e reféns ao lembrar do 1° mês de guerra.

Diversas homenagens foram realizadas nesta terça-feira.

Israelenses lembraram um mês de ataque do Hamas Foto: EFE/Manuel Bruque

Com orações, música e velas acesas, Israel cumpriu nesta quarta-feira (8) um dia de luto ao lembrar o primeiro mês de guerra contra o grupo terrorista Hamas, que começou após um ataque que até agora deixou mais de 1.400 mortos, 5.400 feridos e mais de 230 reféns do lado israelense.

Os israelenses fizeram um minuto de silêncio em todos os cantos do país, um ritual semelhante ao observado no Dia da Lembrança do Holocausto e no Dia dos Soldados Caídos, só que dessa vez as sirenes de ataque aéreo, que foram ativadas diariamente em diferentes partes de Israel desde o início da guerra para sinalizar o disparo de foguetes de Gaza, não soaram.

No Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, um dos lugares mais sagrados do Judaísmo, foi realizada uma oração em massa pelo retorno dos reféns, durante a qual foi acesa uma tocha que percorrerá várias capitais do mundo a partir de amanhã.

Nos becos de pedra da Cidade Velha, os rostos dos reféns, de 27 nacionalidades e incluindo bebês, crianças, idosos e mulheres, foram projetados nas ruas. Além disso, dezenas de pessoas se reuniram em frente ao Parlamento em Jerusalém com faixas e bandeiras israelenses para exigir a libertação dos reféns.

Enquanto isso, nas praças centrais de todas as grandes cidades, velas brancas foram acesas em memória dos mortos. A Orquestra Filarmônica participou de uma cerimônia memorial no Centro Cultural de Tel Aviv, que foi transmitida ao vivo.

A Universidade Bar Ilan, nos arredores de Tel Aviv, soltou balões amarelos no ar, um para cada refém do Hamas, enquanto na cidade de Ranana foram distribuídas fitas amarelas pela mesma causa. Além disso, bandeiras israelenses foram hasteadas a meio mastro enquanto as famílias das vítimas cantavam o hino nacional em repúdio ao massacre de 7 de outubro.

Mais cedo naquele dia, cerca de 3 mil integrantes do Hamas cruzaram a cerca da fronteira com a Faixa de Gaza e invadiram comunidades próximas, onde massacraram cerca de 1.400 pessoas, em sua maioria civis que celebravam o shabat em suas casas ou que se divertiam em um festival de música ao ar livre que acontecia na região.

Além disso, foram sequestradas mais de 240 pessoas, que acabaram levadas para Gaza, e 239 delas permanecem no território palestino como reféns. Foi o ataque mais mortal realizado por uma milícia em Israel desde sua fundação em 1948, o que, por sua vez, desencadeou uma contraofensiva israelense na Faixa de Gaza.

*EFE

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