Líder do Hezbollah diz que ataque do Hamas foi 100% palestino.

Declarações foram dadas nesta sexta-feira.

Hassan Nasrallah Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH

O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que o Irã não decide quais grupos da aliança informal anti-israelense Resistência Islâmica poderiam se envolver na guerra da Faixa de Gaza e defendeu que isso cabe aos líderes de cada movimento. As declarações foram dadas nesta sexta-feira (3).

– O Irã apoia, mas não tem nada a ver com a decisão da Resistência. A decisão é tomada pelos líderes da Resistência – disse o chefe do Hezbollah.

Nasrallah é um dos principais membros da aliança liderada por Teerã, que poderia se envolver diretamente na guerra. Ele destacou que o ataque do Hamas ao território israelense no dia 7 de outubro foi “uma operação 100% palestina” e negou que o Irã estivesse envolvido em seu planejamento.

Esse é o primeiro discurso público de Nasrallah desde que seu partido e Israel se envolveram em intensos ataques logo após o início da guerra em Gaza, uma demora que ele justificou hoje citando a importância do “fator surpresa”.

Para o clérigo, as batalhas contra Israel valem os “sacrifícios” que exigem e são moralmente justificadas.

– A batalha contra esses invasores e ocupantes sionistas é totalmente legítima do ponto de vista humanitário, moral e religioso – disse.

O discurso foi transmitido ao vivo em canais relacionados e em telas gigantes durante eventos organizados pelo Hezbollah em várias partes do país. O líder do grupo xiita lembrou que o “sofrimento do povo palestino” remonta a 75 anos, mas ressaltou que, mais recentemente, suas condições se tornaram ainda mais “duras, devido à chegada ao poder do governo extremista e brutal de Benjamin Netanyahu”.

– Há quatro temas que estavam pressionando a situação palestina: primeiro, o caso dos prisioneiros; segundo, Jerusalém e a mesquita de Al-Aqsa; terceiro, o cerco à Gaza; quarto, os novos perigos que começaram a ameaçar a Cisjordânia – falou.

*EFE

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