Após faltar duas vezes, ministro Flávio Dino comparece à Câmara.

Chefe da pasta de Justiça alegou nesta quarta-feira que “ausência é um direito”.

Dino participou de sessão na Câmara nesta quarta-feira Foto: Câmara dos Deputados/Vinicius Loures

Depois de faltar duas vezes, neste mês, após ser convocado para audiências na Comissão de Segurança Pública da Câmara, o ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve nesta quarta-feira (25) na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. Ao colegiado, o chefe da pasta federal justificou o fato de não ter comparecido nos dias 10 e 24 deste mês no Parlamento.

– As razões pelas quais eu não compareci estão escritas e entregues ao presidente da Casa, Arthur Lira. A ausência é um direito. Nem o réu é obrigado a comparecer para prestar depoimento, e eu nunca fui nem sou réu, então se há justificativa, ela é apresentada ao presidente da Casa, foi assim que eu fiz – afirmou Dino.

Na audiência desta quarta, Dino negou que interfira na Polícia Federal e alegou que falas dele sobre a corporação teriam sido erroneamente interpretadas.

Uma das declarações que geraram grande repercussão foi quando o chefe da pasta de Justiça disse ao ministro do Esporte, André Fufuca, a seguinte frase: “Dinheiro eu não tenho, mas aquela polícia eu tenho”.

– Eu falei ao deputado [André Fufuca, ministro do Esporte] que temos uma parceria a fazer. Ele perguntou qual. Eu expliquei: “Eu tenho a polícia, você tem o dinheiro”. Aí é interpretação de texto. Claro que não sou eu “pessoa física”, eu me referi ao meu ministério – justificou.

Dino também negou a existência de cortes orçamentários para ações de combate à criminalidade no ano de 2024 e disse que “não é possível aquilatar se há ou não redução” nos valores a serem utilizados no próximo ano no setor.

– É claro que, após apresentação de emendas parlamentares, que será possível dispor sobre redução, ou não. Como não há ainda o prazo de emendas ao Orçamento de 2024, fizemos comparação sem levar em conta os orçamentos das emendas. Não há redução. Esse suposto corte inexiste – completou.

Por: Paulo Moura

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