Israel oferece dinheiro e proteção por informações sobre reféns.
Exército promete recompensa e confidencialidade.
O Exército de Israel anunciou, nesta terça-feira (24), que oferece proteção e uma compensação financeira aos habitantes da Faixa de Gaza que fornecerem informações sobre o paradeiro dos 220 reféns capturados em 7 de outubro, pelo grupo terrorista Hamas, e mantidos em cativeiro no enclave palestino.
– O Exército israelense garante que investirá todos os esforços para garantir a sua segurança e a dos seus lares, e que receberão uma recompensa financeira – diz uma mensagem enviada pelos militares aos habitantes do enclave, aos quais prometem “total confidencialidade”.
De acordo com um porta-voz militar, o Exército “utilizou hoje múltiplos canais para se comunicar com os residentes de Gaza e pedir informações sobre os reféns”, no âmbito dos seus esforços “para libertar reféns israelenses e estrangeiros detidos pela organização terrorista Hamas em Gaza”.
A mensagem, segundo a Agência EFE, foi lançada em folhetos impressos com o texto em árabe e prevê canais diretos de comunicação com o Exército através de chamadas telefônicas e mensagens através das plataformas Telegram, WhatsApp e Signal.
– Se querem viver em paz e ter um futuro melhor para os seus filhos, tomem imediatamente medidas humanitárias e compartilhem informações verificadas e valiosas sobre os reféns detidos na sua zona – acrescenta o texto, assinado pelas “Forças de Defesa de Israel” e que oferece ainda um código QR para facilitar o contato.
Esta mensagem foi divulgada pouco depois da libertação, na noite desta segunda (23), de duas reféns israelenses, duas idosas de 85 e 79 anos, elevando para quatro o número total de prisioneiros libertos pelo Hamas, após o retorno de duas mulheres – mãe e filha – com dupla cidadania israelense-americana.
A guerra entre Israel e Hamas eclodiu em 7 de outubro, após um ataque do movimento islâmico que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração de mais de mil milicianos, matando mais de 1.400 pessoas e ferindo cerca de 5.000, a maioria civis israelenses em povoados e kibutz perto da Faixa de Gaza.
O Exército de Israel contra-atacou desde o primeiro dia, matando mais de 1.200 milicianos no seu território, além dos bombardeios incessantes contra a Faixa de Gaza, que deixaram mais de 5 mil mortos e 15 mil feridos, em meio a uma crise humanitária de escassez de água, medicamentos, alimentos, eletricidade e combustível, devido ao cerco israelense cada vez mais apertado ao enclave.
Devido a esta crise, o Exército israelense concordou em permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza a partir do Egito, o que tem acontecido de forma gradual.
*EFE
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