Exército libera aquartelados por furto de metralhadoras.

Cerca de vinte militares estão sendo investigados e podem responder criminalmente.

Solados tropa pelotão exército marchando
Solados tropa pelotão exército marchando (imagem ilustrativa) Foto: Unsplash/Filip Andrejevic

Retidos no quartel de Barueri (SP) desde 10 de outubro, sete militares suspeitos de terem participado do furto de 21 metralhadoras do Exército foram liberados, segundo informou a corporação nesta terça-feira (24). Eles estavam aquartelados no Arsenal de Guerra junto de outros investigados pelo desaparecimento das armas ocorrido no feriado do 7 de setembro.

Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) declarou que não há mais aquartelados na base de Barueri. No período em que ficaram no quartel, eles prestaram depoimento sobre o sumiço das armas e tiveram seus celulares confiscados. Agora, eles poderão trabalhar e retornar para as suas casas.

Inicialmente, o Exército aquartelou um total de 480 militares, que foram liberados gradativamente. Chegou-se, então, ao nome de ao menos 20 suspeitos de terem participado do sumiço. Eles serão investigados e podem responder por furto, peculato, receptação e extravio.

– O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informa que, em razão da evolução das investigações, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) não está mais na situação de sobreaviso, ou seja, não existe mais nenhum efetivo aquartelado. Todos os militares da Organização Militar cumprem o expediente normalmente. No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar. Paralela à apuração criminal, na esfera disciplinar, as possíveis punições são: advertência; impedimento disciplinar; repreensão; detenção disciplinar; e prisão disciplinar (até 30 dias) – disse o CMSE.

Criminalmente, os responsáveis podem pegar penas que variam de 1 a 38 anos de prisão.

Até o momento, 17 das 21 metralhadoras que desapareceram foram recuperadas. Oito delas estavam abandonadas em um carro no Rio de Janeiro. Tratavam-se de quatro metralhadoras calibre .50 e quatro de calibre 7,62. As outras nove estavam em São Roque (SP), guardadas por dois suspeitos que chegaram a trocar tiros com a polícia e escapar logo depois, deixando as armas em um lamaçal. Eram cinco de calibre .50 e quatro de 7,62.

Por: Thamirys Andrade

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