EUA alertam para aumento de ataques de grupos ligados ao Irã.

Declaração foi feita pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou, nesta segunda-feira (23), que os ataques com foguetes e drones de grupos apoiados pelo Irã contra bases militares dos Estados Unidos no Iraque e na Síria aumentaram nos últimos dias.

– Estamos profundamente preocupados com a possibilidade de uma escalada significativa desses ataques – afirmou o porta-voz na entrevista coletiva diária da Casa Branca.Por esta razão, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, ordenou às forças armadas que “tomem medidas para se prepararem” e se defenderem.

O porta-voz recordou que o Pentágono anunciou, neste fim de semana, uma série de medidas para melhorar a posição dos EUA no Oriente Médio, em resposta à recente escalada de ações do Irã e dos seus representantes.

O Departamento de Defesa afirmou que enviará mais mísseis e sistemas de defesa para a região.

Concretamente, a pasta ordenou que o porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower fosse transferido para a área do Comando Central, que tem autoridade sobre o Oriente Médio e a Ásia Central.

– Vamos fazer tudo o que for preciso para garantir que as nossas tropas estejam na posição certa, estejam protegidas e com capacidade de resposta – explicou Kirby, que acusou o Irã de continuar a apoiar grupos como Hamas e Hezbollah.

– Sabemos que o Irã está acompanhando de perto os acontecimentos e, em alguns casos, facilitando ativamente esses ataques e incentivando outros que querem explorar o conflito para seu próprio bem – afirmou.

Kirby acrescentou que o presidente Joe Biden “não quer que este conflito sofra uma escalada”.

– Acrescentamos capacidades militares adicionais na região para dissuadir qualquer ação desse tipo e agiremos de forma adequada para proteger e defender a nossa segurança nacional e os nossos interesses na região – afirmou.

Embora não se possa provar que o Irã esteve envolvido nos ataques de 7 de outubro do grupo islâmico palestino Hamas, Kirby acrescentou que é sabido “que existe cumplicidade por parte do Irã” porque “há anos apoia o Hamas”.

– O Hamas não poderia funcionar ou existir sem o Irã – enfatizou.

*EFE

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