Contra milícia, Castro se reunirá com Lira, Múcio e Pacheco.

Governador pedirá penas mais severas contra terrorismo: “Ou endurece legislação, ou se transforma nessa mistura de México com Colômbia”.

Cláudio Castro em entrevista coletiva Foto: Reprodução / Print de vídeo / G1

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (24), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que irá até Brasília nesta quarta (25) a fim de encontrar-se com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para tratar da retaliação da milícia à morte do narcomiliciano, Matheus da Silva Rezende.

Castro afirma que quer “capitanear” o endurecimento da legislação federal contra terrorismo e para isso também encontrará os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

– Outra frente importante que começo a capitanear é que a gente endureça a legislação federal. Crime de terrorismo tem que ter pena de 30 anos em regime fechado, sem progressão. Ou a gente endurece a legislação ou se transforma nessa mistura de México com Colômbia – declarou o governador.

A atual legislação prevê penas de 12 a 30 anos para o crime de terrorismo, com possibilidade de progressão para regime semiaberto.

Na entrevista, Castro ainda observou que esse não é um problema exclusivo do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil, e defendeu uma integração para combater o crime organizado.

– Está muito claro que esse não é mais um problema do Rio de Janeiro. Esse é um problema do Brasil. Não são mais organizações criminosas pontuais que estão aqui ou ali. Hoje são verdadeiras máfias que estão alastradas pelo Brasil inteiro. Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, a gente está vendo isso se alastrar a cada dia. (…) Essas armas e drogas não estão sendo produzidas aqui. Estão entrando pelas estradas federais, por portos e aeroportos. Só com integração a gente consegue resolver. A situação da criminalidade no Brasil, que tem um epicentro no Rio, como tem na Bahia, em São Paulo, virou uma questão nacional. E esse poder bélico e a questão da lavagem de dinheiro em geral – argumentou.

DETIDOS
Na sequência, o governador informou que dos 12 presos nos ataques, seis deles foram soltos por falta de provas.

– Das 12 pessoas que foram detidas ontem, seis foram confirmadas a prisão. Temos indícios de autoria e materialidade. Outras seis, por falta de indícios foram soltas, mas, as investigações e o monitoramento dessas pessoas continuam – declarou.

Castro, que acompanha a situação do Rio de Janeiro junto de sua cúpula de segurança, disse que solicitou um “monitoramento diário dos dados de violência” nas áreas comandadas pela milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e que “as polícias seguem com todas as equipes na rua até que consideremos a situação totalmente normalizada”.

Por: Thamirys andrade

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