Reino Unido conclui que míssil lançado de Gaza atingiu hospital.
Rishi Sunak diz que conclusão teve base no conhecimento e análise aprofundados dos serviços britânicos de informação.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou nesta segunda-feira (23) que a investigação do Reino Unido sobre a explosão que matou cerca de 500 pessoas no hospital Al Ahli, em Gaza, foi causada por um míssil disparado do interior da Faixa de Gaza.
– Com base no conhecimento e análise aprofundados dos nossos serviços de informação e peritos em armamento, o governo britânico julga que a explosão foi provavelmente causada por um míssil, ou parte de um míssil, que foi lançado de dentro de Gaza para Israel – declarou Sunak à Câmara dos Comuns.
A “desinformação” sobre o incidente, segundo o premiê, teve um “efeito negativo na região”, prejudicou “os esforços diplomáticos vitais dos Estados Unidos” e criou “tensões” no Reino Unido. Em seu discurso ao Parlamento para falar sobre a visita a Israel e vários países do Oriente Médio na semana passada, Sunak ressaltou que “este é um momento de grande cuidado e precaução, mas também de clareza moral”.
Sunak disse que o ataque contra Israel no dia 7 de outubro foi “motivado pelo ódio, mas também pelo medo do Hamas de que possa estar surgindo um novo equilíbrio no Oriente Médio, que deixe para trás as velhas divisões e ofereça a esperança de um caminho novo, melhor, mais seguro e mais próspero”.
O premiê britânico também citou os Acordos de Abraão, entre Israel e Emirados Árabes, bem como “a normalização do diálogo” de Israel com a Arábia Saudita.
– Apoiamos totalmente estes passos e acreditamos que podem estimular esforços ainda maiores. Mas nunca devemos perder de vista que a solução dos dois Estados é essencial – sublinhou o primeiro-ministro.
O premiê anunciou ainda uma nova ajuda humanitária de 20 milhões de libras esterlinas (R$ 122,2 milhões) para “apoiar os civis palestinos”, além de outros 10 milhões de libras (R$ 61,1 milhões) já autorizados.
*EFE
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