Pessoas são detidas no Egito em protestos pró-Palestina.
Segundo fonte, pessoas detidas haviam se infiltrado para atacar o governo.
Nesta sexta-feira (20), dezenas de pessoas foram detidas em Cairo, capital do Egito, em protestos em solidariedade ao povo palestino não autorizados e que chegaram à Praça Tahrir, símbolo das revoltas populares de 2011. A informação foi passada por uma fonte do setor de segurança do país.
O primeiro balanço fornecido pela fonte, que pediu anonimato, é de 52 pessoas presas na capital egípcia durante participação nesses protestos, que surgiram paralelamente ao único autorizado pelo governo, no distrito de Nasr City.
A fonte explicou que as pessoas detidas haviam se infiltrado nas manifestações em apoio à Palestina para tentar atacar o governo egípcio e causar tumulto.
Ela acrescentou que as forças de segurança estavam totalmente preparadas antes das manifestações e receberam informações sobre a presença de infiltrados dentro delas.
– Portanto, um grande número de agentes das forças de segurança disfarçados estava presente dentro das manifestações para detectá-los e prendê-los antes que arruinassem as manifestações nacionais dos egípcios – acrescentou.
Até o momento, o governo egípcio não se pronunciou a respeito dessas informações.
A iniciativa de Diálogo Nacional do governo convocou protestos nacionais para hoje e designou um distrito no Cairo para eles, uma área onde as bandeiras palestinas foram misturadas ao rosto do presidente egípcio Abdel Fatah Al Sisi.
Simultaneamente, no entanto, outras manifestações surgiram em diferentes partes da capital, chegando à Praça Tahrir, e conseguiram passar pelas rígidas medidas de segurança – algo que aconteceu apenas uma ou outra vez na última década, em um país onde as manifestações nas ruas são proibidas por lei.
O Egito está em uma posição difícil com a situação na Faixa de Gaza, território que faz fronteira com a Península do Sinai, além de sofrer uma crise econômica que está sufocando cada vez mais sua população.
*EFE
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