Kiev diz que repeliu mais de 50 ataques russos nas últimas 24 horas, em guerra que dura 20 meses.
Além da nova e sangrenta guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel que entra hoje em seu 10° dia deixando até a manhã desta segunda-feira (16) quase 4.000 mortos contabilizados até o momento, sem contar o número de milhares de feridos, a guerra entre Rússia, que invadiu a ucrânia em fevereiro de 2022, já se estende por 20 meses sem perspectiva de um final.
A Ucrânia disse hoje que repeliu mais de 50 ataques russos nas últimas 24 horas em Avdivka, Marinka, Kupiansk e Bakhmut, na frente Leste, onde a Rússia intensificou a ofensiva para recuperar a iniciativa na guerra.
“Com o apoio da aviação, o inimigo levou a cabo, sem sucesso, ações de assalto” no eixo de Avdivka, pode ler-se no relatório do Estado-Maior de Kiev, que acrescenta que “os soldados ucranianos repeliram mais de 15 ataques inimigos” nesta secção da linha de contacto na província de Donetsk.
Avdivka está no centro dos esforços russos para reconquistar território.
Na zona de Marinka, cerca de 40 quilómetros a sudoeste de Avdivka, “as forças armadas ucranianas repeliram” também “mais de 15 ataques inimigos”, refere-se no relatório militar de Kiev.
O mesmo número de ataques russos foi impedido pelas tropas ucranianas na frente de Kupiansk, no segmento nordeste da linha de contacto, onde a Rússia terá destacado mais de 100.000 soldados nos últimos meses, segundo fontes ucranianas.
Também se registaram ataques russos frustrados perto das cidades de Klishkivka e Andrivka, situadas a sul de Bakhmut e recapturadas pelas tropas ucranianas no outono. A Rússia está a tentar recuperar os territórios perdidos nesta zona e lançou cinco ataques, que Kiev também afirma ter repelido.
O mesmo terá acontecido, segundo o Estado-Maior, na frente sul, na província de Zaporiyia, onde a Ucrânia concentrou a sua contraofensiva. “O adversário fez quatro tentativas infrutíferas para recuperar a posição perdida perto de Robotine”, diz o relatório, referindo-se à última cidade recapturada, no final de agosto, pela Ucrânia.
Segundo a Ucrânia, a Rússia está a perder cerca de mil soldados por dia e grandes quantidades de equipamento militar nestas tentativas de conquistar ou recapturar novos territórios.
Por: Lusa/RTP