Após sumiço de armas, Exército mantém militares aquartelados.

21 metralhadoras desapareceram do Arsenal de Guerra.exército

(Imagem ilustrativa) Foto: Unsplash / Filip Andrejevic

O Comando Militar do Sudeste informou neste sábado (14), que mantém cerca de 480 militares aquartelados para a investigação do sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri, na Grande São Paulo.

– Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação – diz a nota.

A ausência do armamento, 13 metralhadoras calibre .50 e 8 calibre 7,62 mm, foi notada durante uma inspeção no local na última terça (10).

– Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo de desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada – informou o Exército.

Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de alto interesse de grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que é conhecido por “alugar” armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias.

Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com uso desse armamento pesado.

Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960.

– O FAL utiliza a munição 7,62x51mm NATO, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade – descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio. A análise acrescenta que a partir de 2017 teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.

*AE

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