Guerra: GloboNews exibe ao vivo bombardeio que matou jornalista.
Emissora brasileira mostrava imagem transmitida pela agência de notícias Reuters.
Um jornalista da agência de notícia Reuters morreu nesta sexta-feira (13) após a área em que ele e outros profissionais de imprensa estavam no sul do Líbano, na fronteira com Israel, ser bombardeada. A Reuters confirmou que a vítima foi o cinegrafista Issam Abdallah. Outros jornalistas que estavam na região ficaram feridos. A origem da explosão segue incerta.
– Estamos profundamente tristes ao saber que nosso cinegrafista, Issam Abdallah, foi morto. Issam fazia parte de uma equipe da Reuters no sul do Líbano que fornecia um sinal ao vivo. Procuramos urgentemente mais informações, trabalhamos com as autoridades da região e apoiamos a família e os colegas de Issam – disse um porta-voz do veículo.
O momento do bombardeio foi transmitido pela Reuters e reproduzido ao vivo no Brasil pela GloboNews. Posteriormente, a agência internacional retirou o conteúdo do ar. Nas imagens, é possível ouvir uma mulher gritando que não consegue sentir as pernas. Ainda de acordo com a Reuters, dois jornalistas da agência, identificados como Thaer Al-Sudani e Maher Nazeh, ficaram feridos.
– O que aconteceu? O que aconteceu? Não consigo sentir minhas pernas! Não consigo sentir minhas pernas! – diz a voz feminina em desespero nas imagens exibidas pela GloboNews.
O canal Al Jazeera disse que dois de seus profissionais também estavam entre os feridos no ataque. Segundo o jornalista Ali Hashem, que trabalha na emissora, as equipes faziam parte de um comboio de repórteres que viajava na área de fronteira. A certa altura, eles se separaram, com a Reuters indo para uma área com vista para a cena e a equipe da Al Jazeera indo para uma vila.
Hashem disse ainda que todos os repórteres usavam jaquetas e capacetes, identificando-os como membros da imprensa. A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada há seis dias, estendeu-se até a fronteira libanesa depois que o grupo terrorista Hezbollah lançou foguetes no território israelense.
Por: Paulo Moura
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