O FBI (polícia federal dos EUA) informou, nesta terça-feira (10), que os seus agentes antiterroristas em Nova Iorque aumentaram a sua atenção para potenciais ameaças contra a cidade, que tem a maior população judia fora de Israel, embora tenha dito que não existem “informações específicas e críveis” que apontem para uma ameaça.

O grupo informou que a Força-Tarefa Conjunta contra o Terrorismo (JTTF) do FBI está em contato com as autoridades federais, estaduais e locais, e recomendou a população a se manter vigilante e comunicar qualquer suspeita à agência.

A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, afirmou que a polícia continua mantendo uma vigilância apertada dos alvos potenciais e dos locais vulneráveis, tais como sinagogas, yeshivás, museus e centros culturais judaicos, após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel no último fim de semana.

Hochul recordou que, para garantir a confidencialidade e a eficácia dessas medidas, a polícia não está divulgando outras informações.

A polícia também trabalha com as autoridades locais e outros parceiros de segurança para rastrear as ameaças publicadas nas redes sociais, a fim de garantir a segurança de todos os nova-iorquinos, afirmou.

O Centro de Informações do Estado de Nova Iorque (NYSIC, sigla em inglês) tem acompanhado de perto o conteúdo das redes sociais e dos canais online.

– Embora não existam ameaças críveis neste momento, a vigilância revelou um aumento dos comentários de neonazistas, supremacistas brancos e extremistas pró-Hamas – afirmou Hochul depois de se reunir com a polícia e o NYSIC.

Hochul reiterou o apelo às empresas de redes sociais para que se concentrem nestas ameaças e aumentem a moderação nas plataformas para evitar a proliferação de conteúdos de ódio.

– No momento em que os nova-iorquinos choram pelos entes queridos afetados pelos abomináveis ataques terroristas do Hamas, é fundamental que asseguremos a segurança necessária às comunidades judaicas aqui em Nova Iorque – declarou.

– Imediatamente depois dos ataques do Hamas, enviei a polícia para aumentar as medidas de segurança para proteger os locais de risco. Agora está na hora de as empresas de redes sociais fazerem o mesmo: monitorar o discurso nas suas plataformas e reprimir o incitamento à violência antes que seja tarde demais – afirmou em comunicado.

A governante também pediu aos residentes do estado para que denunciem atividades suspeitas “imediatamente” através do site Safeguard New York ou de uma linha telefônica habilitada para este fim.

*EFE