Em livro, assessor de Lula exalta papel do Hamas na Palestina.

Celso Amorim destacou o trabalho do governo na criação de um Estado palestino.

Celso Amorim e Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, assina a apresentação do livro Engajando o Mundo: a Construção da Política Externa do Hamas, do escritor Daud Abdullah.

A versão em português chegou ao Brasil em março deste ano, trazendo a visão positiva do assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o grupo terrorista.

No texto, Amorim se posiciona como defensor dos direitos palestinos e reforça as palavras do autor, que é um pesquisador britânico, considerando que “através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos”.

Amorim foi ministro das Relações Exteriores do Brasil durante o primeiro mandato do presidente Lula e, na sua apresentação para o livro, ele destaca o envolvimento do governo brasileiro com as questões do Oriente Médio.

– Uma de nossas últimas decisões no campo da política externa foi o reconhecimento da Palestina como Estado independente e soberano – destacou.

Livro com apresentação de Celso Amorim Foto: Editora Memo

LEIA NA ÍNTEGRA:
“A Palestina representa uma das grandes causas morais e políticas e nosso tempo, ela une as pessoas em todos os lugares”. Essa verdade inegável é reiterada no capítulo final deste estudo abrangente sobre “a elaboração da política externa do Hamas”. Em meu período como ministro das Relações Exteriores, durante o governo do presidente Lula, o Brasil esteve profundamente envolvido na luta por uma solução justa e pacífica para o conflito no Oriente Médio. Uma de nossas últimas decisões no campo da política externa foi o reconhecimento da Palestina como Estado independente e soberano. Esse passo ousado desencadeou uma série de movimentos similares na América Latina, e mais além no Sul Global, ajudando no avanço geral em direção à resolução pela Assembleia Geral da ONU. Durante esse período, em nossas conversas privadas, o presidente Lula e eu defendemos fortemente um diálogo amplo e não discriminatório entre palestinos. Nosso representante em Ramallah visitou Gaza e teve discussões com autoridades do Hamas. Foi com grande interesse que percorri o trabalho bem pesquisado de Daud Abdullah, que esclarece um aspecto essencial da evolução do Hamas: sua dimensão internacional. Como firme defensor dos direitos palestinos e defensor de uma solução por meios pacíficos, fiquei muito encorajado com as palavras finais do autor: através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais, “o Hamas pode desempenhar um papel central na restauração dos direitos palestinos”.

Por: Leiliane Lopes

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