O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento nesta segunda (9) que “a batalha vai levar tempo” e prometeu que ela só terminará com a eliminação do inimigo, embora não tenha mencionado uma possível invasão da Faixa de Gaza.

“Sempre soubemos quem é o Hamas, agora o mundo inteiro sabe. O Hamas é o Estado Islâmico. E vamos derrotá-lo assim como o mundo esclarecido derrotou o Estado Islâmico. Esse inimigo vil queria guerra e terá guerra”, afirmou.

“Há muita difamação e desinformação sobre a operação e a situação em Israel. Não podemos cair nessas mentiras e propagandas, e temos que ficar ao lado das autoridades. Eu sei que vai tomar tempo, mas prometo que essa batalha não terminará até que eliminemos nosso inimigo”, afirmou Netanyahu, que informou no pronunciamento ainda haver militantes palestinos armados no território israelense.

Netanyahu também usou o pronunciamento para chamar a oposição ao que chamou de frente nacional pela mobilização, trazendo à memória a Guerra dos Seis Dias, conflito do qual Israel saiu vitorioso em 1967, quando anexou o território de Gaza, hoje sob cerco total de Tel Aviv. O premiê tem sido alvo a meses de manifestações de milhares de israelenses contra a reforma do sistema Judiciário proposta pela coalizão de Netanyahu no poder, a mais à direita da história do Estado judeu.

Em sua fala, o líder ressaltou que Israel fará tudo pelos cidadãos israelense que foram capturados e são feitos reféns pelo Hamas em Gaza -o grupo terrorista afirmou que, se Tel Aviv não parar com bombardeios sem avisos, mataria civis sequestrados.

Israel confirmou ao menos 800 mortos, enquanto autoridades de Gaza disseram que o número de mortos entre os palestinos é de pelo menos 687. O conflito mais recente entre Israel e o grupo havia sido uma guerra que durou 11 dias em 2021.

No sábado, combatentes palestinos invadiram ao menos 14 localidades no sul de Israel, onde mataram dezenas de civis e soldados e fizeram reféns. Milhares de foguetes foram disparados contra o território israelense. Outras facções palestinas, como o Jihad Islâmico e a esquerdista Frente Popular pela Libertação da Palestina se juntaram à ofensiva.

(Folhapress)