Terremoto no Afeganistão deixa mais de 2,4 mil mortos.
Foram registrados ao menos sete tremores.
O número de vítimas de um dos piores terremotos e suas consecutivas réplicas na província de Herat, no oeste do Afeganistão, aumentou neste domingo (8) para mais de 2,4 mil mortos e mais de 2 mil feridos, enquanto equipes e organizações humanitárias estão acelerando os esforços de resgate das vítimas.
– De acordo com novas informações, o número de mortos no terremoto aumentou para mais de 2,4 mil e os feridos para mais de 2 mil – informou o porta-voz do Ministério de Gestão de Desastres, Mula Janan Sayeq.
O terremoto ocorrido neste sábado (7) atingiu especialmente o distrito de Zindah Khan, na província de Herat, epicentro dos tremores, onde uma dezena de aldeias foram completamente devastadas, segundo dados das autoridades talibãs.
As imagens da tragédia mostram aldeias em ruínas, com os próprios habitantes das zonas devastadas levantando os escombros com as mãos, sem qualquer tipo de maquinaria, na esperança de encontrar os corpos de seus familiares.
Este é o terceiro terremoto mais mortal desde 1998 no Afeganistão e a pior catástrofe que os talibãs enfrentam desde que recuperaram o controle do Afeganistão em agosto de 2021.
O governo talibã apelou às instituições de caridade, empresários e cidadãos “ricos” do Afeganistão para que prestassem assistência às pessoas afetadas.
Instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou a Sociedade do Crescente Vermelho do Afeganistão (ARCS, na sigla em inglês) estão no terreno agilizando as tarefas de resgate, atendendo as vítimas e transferindo os moradores para áreas mais seguras.
O Afeganistão sentiu ao menos sete tremores. O primeiro e o quarto, os maiores, foram de 6,3 graus na escala Richter e ocorreram no distrito de Zindah Jan, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Este é um dos piores terremotos registrados no país nas últimas décadas.
O Afeganistão está entre os países mais propensos a desastres naturais, estando localizado na cordilheira de Hindu Kush, ponto de grande atividade sísmica e ponto comum de origem dos movimentos telúricos na região.
*EFE