Médicos: Secretário diz não haver dúvida de mortes por engano.

Renato Torres disse que caso está praticamente esclarecido.

Médicos foram assassinados em quiosque no RJ Foto: Reprodução/TV Globo

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Renato Torres, disse que não “resta mais dúvida alguma” de que os três médicos executados na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense, foram mortos por engano. Torres disse que o caso está praticamente esclarecido após os corpos dos suspeitos serem encontrados.

– Não resta mais dúvida alguma de que os médicos foram assassinados por engano – disse.

O secretário afirmou que as informações do Núcleo de Inteligência já apontavam, ainda na manhã desta quinta-feira (5), que os criminosos tinham errado o alvo e confundido uma das vítimas com um miliciano que os traficantes tentavam matar. De acordo com Torres, os chefes do tráfico teriam ficado insatisfeitos com a repercussão das mortes dos médicos.

– A facção criminosa entrou em desespero com a repercussão do assassinato dos médicos por engano. E determinou a eliminação dos envolvidos na ação equivocada – afirmou Torres.

As investigações indicam que a ação dos criminosos seria uma vingança pelo assassinato do traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, no último dia 16 de setembro. A morte do traficante, segundo policiais, teve a participação do miliciano Taillon Barbosa.

Por isso, de acordo com a investigação, o verdadeiro alvo dos tiros seria Taillon, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

SOBRE A MORTE DOS MÉDICOS
Os médicos assassinados estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, local que sedia desde esta quinta-feira o 6° Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Os profissionais baleados se reuniram em um quiosque na frente do hotel quando, por volta de 1h da madrugada, um carro branco parou, e três homens armados de pistolas desembarcaram e atiraram à queima-roupa. Um dos criminosos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.

Foram mortos os médicos: Diego Ralf Bomfim, de 35 anos; Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos; e Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos. Além dos três médicos que morreram, outro ortopedista, identificado como Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, também foi baleado, mas sobreviveu. Diego Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Por: Paulo Moura

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