Milei quer suspensão de contratos e licitações do atual governo.

Pedido foi feito à Justiça Federal, nesta quarta-feira.

Javier Milei Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

Nesta quarta-feira (4), o candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, pediu que a Justiça Federal suspenda os contratos, licitações e nomeações feitas pelo atual governo, presidido pelo peronista Alberto Fernández.

Em documento ao qual a Agência EFE teve acesso, Milei pediu ao tribunal medidas cautelares que implicam a suspensão “imediata” de todos os atos que comprometam recursos do Estado para além do final do mandato de Fernández, em 10 de dezembro.

Entre os departamentos que seriam afetados pelas medidas cautelares pedidas pelo líder do grupo político de extrema-direita A Liberdade Avança estão a Secretaria da Energia, vários ministérios e uma série de órgãos do Conselho Nacional de Investigação Científica e Técnica (CONICET).

Milei afirma que muitos dos funcionários públicos destas áreas são “militantes kirchneristas”.

– A existência de eleições livres e justas exige, como condição inevitável, a neutralidade do governo e do aparelho do Estado. Não estaremos vivendo em um regime verdadeiramente democrático se os funcionários decidirem defender os seus interesses pessoais em vez dos interesses dos cidadãos – afirma.

No seu pedido, Milei também acusa o governo argentino de se esconder atrás de “uma máscara de cinismo que não consegue esconder uma realidade evidente: o desprezo pela vontade do povo, bem como pelo bem-estar da população, especialmente dos mais pobres”.

Além disso, o candidato enfatizou que estes tipos de eventos e atos têm aumentado desde as eleições primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO), que se realizaram em 13 de agosto e nas quais a candidatura liderada por Milei foi coroada vencedora, batendo a opção do partido no poder, o atual ministro da Economia, Sergio Massa.

Mas Milei não só propôs o fim das contratações, como também pediu um decreto para reduzir as regras do comércio exterior da Argentina e uma série de revisões tarifárias nos setores de transporte e distribuição de eletricidade.

*EFE

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