Taxar o uso do Pix seria “uma loucura”, afirma diretor do BC.

Renato Gomes disse que esse não é um assunto do Banco Central.

(Imagem ilustrativa) Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

Questionado sobre a eventual possibilidade de se criar um imposto sobre as transações realizadas pelo Pix, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC), Renato Dias de Brito Gomes, avaliou, nesta segunda-feira (4), que taxar o uso do instrumento seria “uma loucura”.

– Espero que não. Não é assunto do BC, mas seria uma loucura – afirmou Gomes, na live semanal da instituição.

O diretor repetiu que o Pix Internacional é uma das prioridades em desenvolvimento pelo BC e negou que o instrumento tenha o objetivo de substituir o uso dos cartões de crédito, como aventou o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, na semana passada.

– O grande impacto do Pix é substituir dinheiro, que vai sempre existir, mas é um meio de pagamento ineficiente. Quanto mais houve migração de dinheiro para meios digitais, sobretudo o Pix, melhor. A preocupação do Pix não é substituir cartão de crédito, que oferece também outros serviços. Mas o crédito é uma grande avenida de desenvolvimento para o Pix – completou.

Gomes ainda apoiou o movimento dos servidores do BC pela reestruturação da carreira do órgão.

– A equipe que trabalha no Pix entregou muito, e um dos grandes desafios para seguir na agenda evolutiva é a moral da equipe, devido à avaliação de que a carreira do BC não é devidamente valorizada – concluiu.

O BC publicou nesta segunda o Relatório de Gestão do Pix – Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022, com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado. O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.

*AE

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