IML encontra osso que não era da menina Alany perto da criança.
Identificação do corpo da menina de 9 anos segue sendo realizada.
O Instituto Médico Legal (IML) identificou junto aos restos mortais da menina Alany Floriano, de 9 anos de idade, um osso que não pertence ao corpo da criança. A informação foi divulgada nesta terça-feira (29) pelo portal R7. Alany foi morta e esquartejada pela própria mãe, Ruth Floriano, que assumiu ter cometido o crime e está presa.
De acordo com informações repassadas pela família de Alany, equipes do IML seguem analisando os restos mortais para a identificação do corpo, mas o processo pode demorar até dois meses para ser concluído. Sobre o osso encontrado perto da criança, não foi informado se ele pertenceria a outra pessoa ou a um animal.
SOBRE O CASO
Ruth Floriano foi presa em flagrante, no último sábado (26), após a sogra dela ter encontrado partes do corpo da criança e acionado a polícia. Mãe de outros dois filhos, ela disse que teria assassinado a filha para se vingar do ex-companheiro, que a criança considerava como pai. No entanto, esse homem não era o pai biológico de Alany. Ruth alegou que era agredida pelo homem.
Após matar a filha, Ruth se mudou no dia 16 de agosto da Zona Leste de São Paulo, onde morava, para a Zona Sul da cidade, onde foi morar com o novo namorado, Jonathan Queiroz dos Reis. Informações preliminares apontam, porém, que Alany teria sido morta há cerca de 20 dias, ou seja, dias antes da mudança da mãe.
À polícia, um funcionário que fez a mudança disse ter notado que a geladeira estava enrolada em um lençol e amarrada com fitas. Já um amigo do atual namorado de Ruth notou que o eletrodoméstico estava mais pesado que o normal e disse que foram necessárias quatro pessoas para levá-lo.
A desconfiança aumentou, porém, quando a atual sogra de Ruth estranhou o fato de a geladeira estar ligada na tomada, mas seguir enrolada em um lençol. A mulher desconfiou que houvesse drogas e armas dentro do eletrodoméstico. Após Ruth sair de casa, a sogra dela conseguiu pegar a chave do imóvel e achou os restos mortais de Alany em uma caixa térmica ao lado da geladeira.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a menina estava escovando os dentes quando a mãe a puxou e a esfaqueou. Na sequência, Ruth disse que deixou a filha caída por cerca de três horas e que “se drogou o suficiente para ter coragem de arrancar a cabeça” de Alany.
Depois do esquartejamento, a mãe da criança teria colocado os restos mortais da menina em uma caixa térmica. Dias depois, ela decidiu colocar partes na geladeira e enrolou o eletrodoméstico com lençol e fitas. O caso foi registrado pela polícia como homicídio triplamente qualificado.