Polícia Civil apreende celular, HD e anotações de Jair Renan.

Agentes cumpriram mandado contra Jair Renan no Distrito Federal e em Santa Catarina.

Jair Renan Bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Alvo da Operação Nexum, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (24), Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve o celular, um HD e anotações apreendidas pelos policiais em imóveis em Brasília, no Distrito Federal, e em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina.

A ação policial tem como objetivo, de acordo com a PCDF, reprimir a suposta prática de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal. Ao todo, os agentes saíram nesta manhã para cumprir dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.

A operação é realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor) da PCDF. O principal alvo da ação desta quinta é Maciel Carvalho, de 41 anos, instrutor de tiro de Jair Renan, que foi preso. O outro alvo de mandado de prisão é Eduardo Alves dos Santos, que está foragido.

Maciel possui registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Neste ano, ele foi alvo de outras duas operações da PCDF: a Succedere, sobre crimes tributários; e a Falso Coach, sobre o uso de documentos falsos para registro e comércio de armas de fogo.

De acordo com as investigações, o suposto grupo criminoso investigado na ação agiria a partir de empresas fantasmas e usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, por exemplo, para abrir conta bancária e figurar como proprietário das pessoas jurídicas usadas como “laranjas”.

– A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas – disse a Polícia Civil, em nota.

O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, declarou à CNN Brasil que seu cliente está “surpreso” com as acusações e com o mandado de busca e apreensão, mas que está “em casa e tranquilo”.

Por: Paulo Moura

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