Lula: Guerra na Ucrânia expõe as “limitações” da ONU.
O petista ofereceu o apoio do Brasil nos esforços para alcançar a paz.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta quarta-feira (23), em Joanesburgo, na Cúpula do Brics, que a guerra da Rússia contra a Ucrânia revela as “limitações” do Conselho de Segurança da ONU e ofereceu o apoio do Brasil nos esforços para alcançar a paz.
– A guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança – destacou Lula.
A fala do lulista ocorreu na sessão pública da 15ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do grupo de economias emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que celebra nesta quarta o seu segundo dia e encerra nesta quinta-feira (24).
O presidente destacou que “muitos outros conflitos e crises não recebem a mesma atenção” e lembrou que a disputa na Ucrânia está tendo “efeitos globais”.
– Estamos dispostos a juntar esforços que possam contribuir efetivamente para um cessar-fogo imediato e uma paz justa e duradoura. Todos sofrem as consequências da guerra, especialmente, os mais vulneráveis nos países em desenvolvimento – afirmou.
– Não podemos deixar de abordar o principal conflito de hoje. O Brasil tem uma posição importante na soberania dos países e não somos indiferentes às mortes – observou o petista.
Lula declarou também que “a busca pela paz é uma obrigação coletiva e um imperativo para um desenvolvimento justo e sustentável” e destacou que “o Brics deve atuar como uma força de entendimento e cooperação” no mundo.
Nesse sentido, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, cujo país ocupa a presidência rotativa do bloco este ano, indicou que o Brics continuará apoiando qualquer iniciativa que “acabe com o conflito por meio da negociação”.
A Cúpula do Brics tem nesta quarta o dia mais importante com as reuniões plenárias, nas quais os líderes abordarão questões como a expansão do grupo por meio da inclusão de novos membros.
Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo Bric em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra “s” à sigla.
O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) e 18% do comércio mundial.
*EFE
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