Wegovy reduziu em 20% problemas cardiovasculares em adultos com obesidade ou sobrepeso
No Brasil, o Wegovy já foi autorizado para ser utilizado no tratamento de obesidade, mas ainda não está disponível nas drogarias -a expectativa é que a disponibilidade só será no próximo ano.
(FOLHAPRESS) – O Wegovy, um remédio indicado para tratamento de obesidade já autorizado no Brasil, causou uma queda de 20% no risco de eventos cardiovasculares em adultos com obesidade ou sobrepeso. O resultado foi divulgado nesta terça (8) pela Novo Nordisk, a farmacêutica que fabrica a droga.
Feita em 41 países, a pesquisa foi composta por mais de 17 mil pessoas com no mínimo 45 anos e que tinham doença cardiovascular estabelecida. Além disso, elas não tinham diabetes e necessariamente precisavam apresentar um IMC de no mínimo 27, o que já configura sobrepeso.
Os participantes foram divididos entre dois grupos: placebo e outro que teve acesso ao Wegovy. Eles foram acompanhados durante cinco anos. Com isso, foi visto que, no segundo segmento da investigação, o fármaco teve relação com uma redução de 20% no aparecimento de eventos cardiovasculares. Infarto, AVC e morte associada a complicação cardíaca foram os principais desses problemas considerados na pesquisa.
Os dados ainda serão divulgados completamente pela farmacêutica. Segundo a empresa, o estudo será apresentado em conferências científicas ainda em 2023. A companhia também espera, ainda para este ano, ampliar a indicação do Wegovy nos Estados Unidos e na União Europeia com base no novo estudo.
No Brasil, o Wegovy já foi autorizado para ser utilizado no tratamento de obesidade, mas ainda não está disponível nas drogarias -a expectativa é que a disponibilidade só será no próximo ano. O preço máximo do produto pode variar a depender do estado em que ele é comprado, podendo chegar até R$ 2.484.
À base de semaglutida, a droga age principalmente na perda de peso pela inibição do apetite. Estudos clínicos apresentados à Anvisa para autorização do Wegovy mostraram uma redução média de 17,4% do peso corporal nos pacientes após cerca de 24 meses de uso contínuo. Participaram do trabalho cerca de 4.500 pessoas de diferentes nacionalidades.