Preso pelo 8/1, coronel Naime passa mal, e médico o avalia
Militar é a única autoridade que ainda está na cadeia em razão dos atos.
Preso há cinco meses em razão dos atos do dia 8 de janeiro, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), precisou de atendimento médico após passar mal na cadeia. Segundo disse a esposa do detento, Mariana Naime, ao portal Metrópoles, um médico foi até o local para verificar se havia necessidade de levá-lo a uma unidade de saúde.
– Estou desesperada e pedindo socorro. A gente está no limite. Ele já estava com problemas de saúde antes de ser preso. Agora, parece que está morrendo aos poucos. O corpo está falhando – declarou ela à coluna Grande Angular.
Segundo Mariana, antes de ser preso, o coronel estava pré-diabético e apresentava hipertensão. Ela conta que, devido à detenção, ele não pôde continuar seu check-up e os exames médicos necessários para acompanhar o caso. Ela relata que o companheiro já perdeu 14 quilos.
– Peço socorro a todas as autoridades, a todas as pessoas que consigam nos ajudar de forma direta ou indireta. Ele foi forte demais esse tempo todo, conseguiu manter firme… mas infelizmente, já são quase seis meses dessa injustiça. O sofrimento [a] que ele e nós estamos submetidos é estarrecedor. Todos estamos doentes! – escreveu nos stories do Instagram.
Naime é, até o momento, a única autoridade ainda presa pelos atos do 8 de janeiro.
Sua detenção foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele alega ser necessário para “resguardar a ordem pública e por conveniência da instrução criminal”, e que o coronel poderia comprometer as investigações.
Naime saiu de folga sete dias antes da invasão à Praça dos Três Poderes, e ainda se encontrava fora de suas funções no dia 8 de janeiro. A defesa afirma que ele havia sido autorizado a se afastar temporariamente para fazer exames e descansar. Diante da confusão em Brasília, contudo, o coronel foi à Esplanada dos Ministérios e chegou a prender alguns manifestantes, antes de ser ferido por um rojão.
Por: Thamirys Andrade
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