Pai condenado pela morte do menino Bernardo deixa a prisão
Decisão ocorre devido à falta de vagas no sistema prisional.
Devido à falta de vagas no sistema prisional, Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho, Bernardo Uglione Boldrini, foi beneficiado com o uso de tornozeleira eletrônica e regime semiaberto. Segundo seus advogados, Rodrigo Grecelle Vares e Ezequiel Vetoretti, relataram ao portal G1, seu cliente já se encontra em casa.
A determinação partiu da juíza Sonáli da Cruz Zluhan, na última sexta-feira (14). De acordo com ela, está “amplamente comprovado” que Boldrini tem condições de progredir para o semiaberto por já ter cumprido “tempo suficiente no regime fechado (sem julgamento definitivo), possuindo estrutura familiar e financeira, fora do cárcere”.– Se não há vagas suficientes no regime semiaberto para o cumprimento da pena, o Judiciário não pode permanecer inerte. Além de cobrar do Executivo o cumprimento da lei, o magistrado deve ajustar a execução da pena ao espaço e vagas disponíveis – completou.
Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi morto em 2014 em Três Passos, no Rio Grande do Sul. Ele foi a óbito após engolir comprimidos de ritalina, dados a ele pela sua madrastra, Graciele Ugulini, que era enfermeira. Em depoimento, ela disse que deu o remédio para que o menino se acalmasse durante uma viagem.
Leandro Boldrini foi condenado em março deste ano a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele estava preso em regime fechado desde 2014. Já Graciele foi condenada a 34 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo o Mapa Carcerário divulgado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) em 2021, havia 3,8 mil vagas nos regimes semiaberto e aberto e 12,5 mil condenados, faltando, assim, 8,6 mil vagas.
Por: Thamirys Andrade
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