Lula, Macron, Petro e Fernández se reúnem com Venezuela

Presidentes dialogaram com delegação de Maduro e da oposição visando “acordo democrático”.

Nicolás Maduro, ditador da Venezuela Foto: EFE/ Rayner Peña R.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os chefes de Estado de Argentina, Colômbia e França se reuniram nesta segunda-feira (17), em Bruxelas, Bélgica, com uma delegação do governo da Venezuela e representantes da oposição para tentar fazer as partes voltarem a dialogar no país sul-americano.

A reunião, que foi a portas fechadas e paralela à cúpula da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), contou com os presidentes Gustavo Petro (Colômbia), Alberto Fernández (Argentina) e Emmanuel Macron (França), além de Lula, e com o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell.

O governo venezuelano foi representado pela vice-presidente Delcy Rodríguez, e a oposição pelo chefe da delegação do bloco chamado Plataforma Unitária, Gerardo Blyde.

O objetivo dessa reunião foi “voltar a aclimatar um processo que permita, por meio do diálogo entre as diferentes alas da sociedade venezuelana, chegar a um acordo democrático”, explicou Petro a jornalistas antes da reunião.

Petro ofereceu a Colômbia para um encontro – ainda sem data – entre o governo venezuelano e a oposição. O país, inclusive, já sediou a Conferência Internacional sobre o Processo Político na Venezuela, realizada em 25 de abril em Bogotá, mas da qual não participaram nem o governo de Nicolás Maduro, nem opositores.

Naquela reunião, que teve a presença de representantes de países latino-americanos, norte-americanos e europeus, além de Borrell, foi discutida a necessidade de estabelecer um cronograma eleitoral para “a realização de eleições livres e transparentes com garantias totais para todos os atores venezuelanos”.

Também foi decidido que “as medidas acordadas para a satisfação das partes devem ser acompanhadas pela revogação das diversas sanções” contra a Venezuela.

Os dois lados se reuniram formalmente pela última vez em novembro do ano passado no México, no processo de negociação que ainda está paralisado e que a comunidade internacional está tentando desbloquear antes das eleições presidenciais de 2024, cujas primárias serão realizadas em outubro deste ano.

*EFE

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