Pai acusado de matar filha no ano de 2006, depois de 17 anos, enfim vai a júri nesta 2ª feira.
Julgamento acontece quase duas décadas depois do crime.
Está previsto para começar nesta segunda-feira (17) o júri popular de Rodson Rui de Oliveira Torres, acusado de matar a própria filha de 9 anos estrangulada em junho de 2006 em Fortaleza, no Ceará. Na época, o homem disse à polícia que a criança teria morrido sufocada em uma rede na qual brincava. O laudo pericial, porém, apontou que isso não seria possível.
A acusação que levou o caso a julgamento foi apresentada pelo Ministério Público do Ceará (MP-CE) em 2010. A denúncia, porém, só foi aceita em 2019, ou seja, 13 anos depois do crime. De acordo com o portal G1, documentos do processo apontam que o pescoço da vítima, identificada como Thamires Myrza Tavares, apresentava escoriações típicas de estrangulamento.
Em seus relatos, Rodson disse que viu a filha pendurada “asfixiada” na rede, mas achou que fosse brincadeira e que a menina estivesse fingindo. Ainda segundo o homem, apenas 15 minutos depois, quando ele voltou para onde a menina estava, é que notou que não se tratava de uma brincadeira.
Rodson teria então dado um banho na menina, que a esta altura já estava morta, e tentou reanimá-la. Só depois disso é que ele chamou a ambulância para prestar atendimento. A acusação disse que tanto o banho quanto o período até chamar o socorro seriam formas de limpar os traços do estrangulamento.
Depoimentos de testemunhas e familiares apontaram que o pai de Thamires sofria de depressão e já havia tentado tirar a própria vida. Além disso, Thamires teria reclamado que o pai era violento. Em 2010, ele chegou a ser preso após agredir a mãe da filha, com quem permaneceu casado após o crime.
Por: Paulo Moura
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