Lula despreza repercussão e quer fim das escolas cívico-militares

Petista argumenta que não é obrigação do Ministério da Educação garantir o ensino cívico-militar nas escolas públicas.

Foto dos três comandantes das Forças Armadas prestando continência a Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não é obrigação do Ministério da Educação (MEC) garantir o ensino cívico-militar nas escolas da rede pública, mas uma educação civil igual a todos. O governo suspendeu o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das prioridades da pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– Ainda ontem, o Camilo [Santana, ministro do MEC] anunciou o fim do ensino cívico-militar, porque não é obrigação do MEC cuidar disso – disse Lula, durante evento de sanção do programa Mais Médicos, nesta sexta-feira (14).

– Se cada estado quiser criar, que crie, se cada estado quiser continuar pagando, que continue, mas o MEC tem que garantir educação civil igual para todo e qualquer filho de brasileira ou brasileiro – pontuou.

A decisão, tomada em conjunto pelos ministérios da Educação e da Defesa, deve ser implementada até o fim do ano letivo, segundo documento enviado aos secretários.

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar currículo e estrutura pedagógica.

Criado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o programa do Ministério da Educação tem 202 escolas, com aproximadamente 120 mil alunos.

*AE

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