Aliados de Bolsonaro reagem ao fim de escolas cívico-militares

Decisão do governo Lula foi impopular entre a oposição.

Jair Bolsonaro Foto: EFE/ Andre Borges

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram, nesta quarta-feira (12), a decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O programa era uma dos principais pilares do Ministério da Educação na gestão anterior.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a decisão de Lula de “revanchista” e disse que ao atual governo “o que interessa é doutrinação ideológica”. O parlamentar fez coro à fala do também senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro.

– Pais e mães, militares e carentes, que podiam matricular seus filhos nas exemplares escolas cívico-militares são as mais novas vítimas dos “vingadores” (vingativos) – escreveu Flávio no Twitter.

Flávio usou o termo em referência à resposta do ministro da Justiça, Flávio Dino, após ter sido acusado, pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), de se omitir durante atos de 8 de janeiro.

– Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores – disse à época.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, considerou o encerramento como “vingativo”.

– O “V” da vingança venceu, mesmo que seja contra alunos inocentes e o lindo futuro que lhes está sendo tomado – escreveu também nas redes sociais.

– Nossa solidariedade aos alunos, às mães e aos pais por esse atentado de um governo que mostra não ser capaz de se libertar dos radicalismos de ideologias contra o povo. Vai passar.

O senador Rogério Marinho (PL-RN) considerou a medida um “retrocesso”.

– Lamentável retrocesso de uma política pública ideológica, que teima em desconhecer os resultados excelentes da educação baseada na disciplina, valores, e conteúdos conectados com a sociedade – afirmou.

A decisão foi definida como “absurda” pela deputada federal Bia Kicis (PL-RJ). O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) gravou um vídeo criticando o fim do programa. Ele afirmou que “as escolas cívico-militares foram uma forma de o governo Bolsonaro remediar um processo de destruição acadêmica”.

Em um posicionamento similar ao de Flávio Bolsonaro, o parlamentar disse ainda que “a educação brasileira se tornou um ambiente de doutrinação” durante a gestão de Lula.

O deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) disse que a decisão teria sido tomada por “caprichos e vinganças meramente políticas da pasta da Educação”.

O encerramento do projeto foi criticado também pelo deputado estadual do Rio Grande do Sul Rodrigo Lorenzoni (PL), filho de Onyx Lorenzoni (PL-RS), que esteve à frente dos ministérios da Casa Civil, da Cidadania e do Trabalho e Previdência durante a gestão de Jair Bolsonaro. Para Rodrigo, o encerramento “é a prova de que Lula e a esquerda estão dispostos a destruir nosso país através da educação e da economia”.

O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) também classificou a decisão do governo Lula como “retrocesso”. O parlamentar, eleito como o mais votado nas eleições estaduais do Ceará, afirmou que essa era “a única agenda” do governo Lula.

*AE

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