Entenda porquê a Otan teme bombas de fragmentação
Estados Unidos anunciou que enviará essas armas para a Ucrânia.
O anúncio dos Estados Unidos de que fornecerá milhares de bombas de fragmentação à Ucrânia causou preocupação até mesmo entre países aliados à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Isso porque a arma é proibida em mais de 100 países devido ao seu grande potencial de ferir civis.
Acontece que a bomba de fragmentação, quando disparada, se divide em vários pequenos explosivos, alcançando assim uma área vasta, que pode chegar à extensão de um campo de futebol, por exemplo.
Outro importante dilema envolvendo a arma é que diversos desses sub-projéteis acabam não explodindo quando lançados. Tal como as minas terrestes, essas pequeninas bombas acabam esquecidas e ferindo pessoas inocentes muito após os seus disparos.
Segundo dados da CNN, 94% das vítimas dessas bombas são civis, e 40% delas são crianças, que acabam mortas ou mutiladas. Esses projéteis têm formatos pequenos e diferenciados que podem se assemelhar a brinquedos, chamando a atenção dos pequenos.
De acordo com a Reuters, as bombas de fragmentação foram utilizadas pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial, tendo sido usadas posteriormente por ao menos 15 países.
Assinada por 123 nações em 2008, a Convenção em Munições Cluster estabelece a proibição desse tipo de arma. Contudo, nem os Estados Unidos, tampouco a Rússia chegaram a aderir o documento.
Ao anunciar o envio dessas bombas para a Ucrânia, os EUA disseram que serão enviadas têm uma taxa de falhas relativamente baixa.
– Reconhecemos que as munições de fragmentação representam um risco de dano aos civis, devido aos artefatos explosivos não detonados, e é por isso que adiamos a decisão pelo maior tempo possível. Mas também existe um enorme risco de dano civil se as tropas e tanques russos avançarem sobre as posições ucranianas, conquistarem mais território ucraniano e subjugarem mais civis ucranianos, pois a Ucrânia não possui artilharia suficiente. Isso é intolerável para nós – disse Jake Sullivan, assessor de segurança do governo americano.
Por: Thamirys Andrade
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