Na Grécia, partido conservador confirma vitória esmagadora

Conservadores do Nova Democracia anotaram mais que o dobro da votação dos rivais de esquerda do Syriza.

Kyriakos Mitsotakis durante comício na última sexta-feira Foto: EFE/EPA/GEORGE VITSARAS

A apuração parcial das eleições na Grécia, com 95% dos votos registrados, confirmou a vitória esmagadora do primeiro-ministro do país nos últimos quatro anos, o conservador Kyriakos Mitsotakis, nas eleições deste domingo (25).

O Nova Democracia, partido de Mitsotakis, aparecia até 16h deste domingo com 40,55% dos votos contados, o que, se mantiver este nível de apoio, lhe dará 158 dos 300 lugares no Parlamento grego e, consequentemente, a maioria absoluta.

O resultado foi um novo revés para o esquerdista opositor Syriza e especialmente para o seu líder, o ex-chefe de governo Alexis Tsipras, que tem apenas 17,84% dos votos, índice ainda mais baixo do que os resultados das eleições do mês passado.

Os sociais-democratas do Pasok-Kinal estão em terceiro lugar, com 11,9% dos votos, seguidos pelo Partido Comunista da Grécia, com 7,65%.

Em quinto lugar, com 4,69%, está o partido de direita Spartans. Na sequência, aparecem dois outros partidos de direita: Solução Grega (4,47%) e o antissistema Niki (3,71%), do teólogo Dimitris Natsiós. A formação Travessia da Liberdade, da ex-deputada do Syriza Zoe Konstantopulu, também supera o corte dos 3% para obter representação parlamentar, algo que o esquerdista MeRA25 não consegue.

Nas eleições de 21 de maio, o Nova Democracia ficou em primeiro lugar, obtendo uma porcentagem semelhante à atual, mas não tinha conseguido obter a maioria absoluta. Mitsotakis se recusou então a negociar com os seus rivais a formação de um governo de coalizão, sabendo que quaisquer novas eleições seriam realizadas sob uma nova lei eleitoral que atribui assentos bônus ao vencedor.

O apoio a Mitsotakis nestas eleições se deve principalmente à sua gestão econômica, de acordo com todas as pesquisas. Embora a economia do país ainda não tenha atingido os níveis anteriores à crise da dívida de 2010, os gregos reconhecem o seu trabalho, com o aumento das pensões e dos salários, o investimento e o crescimento do país mais rápido do que a média da União Europeia.

*EFE

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