China expressa apoio à Rússia após rebelião de mercenários

Pequim transmitiu a Moscou apoio para “manutenção da estabilidade nacional”.

Vladimir Putin e Xi Jinping Foto: Zipi/EFE

O ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, recebeu neste domingo (25), em Pequim, o vice-chanceler russo, Andrey Rudenko, a quem transmitiu que “a China apoia a Rússia na manutenção da sua estabilidade nacional”, um dia após a rebelião armada liderada pelo grupo de mercenários Wagner.

– Esta é uma questão interna da Rússia. Como vizinho amigável e aliado estratégico na nova era, a China apoia a Rússia a manter a sua estabilidade nacional e a alcançar a prosperidade no seu desenvolvimento – declarou Qin, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores chinês.

Antes, a pasta havia apenas informado que os diplomatas tinham discutido “as relações China-Rússia e questões internacionais e regionais de interesse para as duas partes”.

Até o momento, o governo chinês não tomou posição nem emitiu qualquer declaração oficial sobre os acontecimentos, que foram amplamente divulgados nos meios de comunicação social estatais e nas redes sociais do país.

No Weibo, o equivalente chinês do Twitter – uma rede censurada no país – os termos sobre a revolta estão entre os mais procurados desde sábado.

Depois de declarar a sua revolta, o Grupo Wagner atravessou a fronteira russa no sábado, ocupou a cidade de Rostov-on-Don, e enviou quatro comboios em uma “marcha da justiça” em direção a Moscou, como chamou o líder dos mercenários, Yevgeny Prigozhin. O objetivo era substituir a liderança militar russa, a que culpam pelos fracassos do Exército russo na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, considerou a revolta uma “traição”. Graças à mediação do mandatário de Belarus, Alexandr Lukashenko, foi possível chegar a um acordo com Prigozhin que pôs fim à revolta.

*EFE

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