Do Val pede licença do cargo de senador por 115 dias; entenda

Solicitação feita pelo parlamentar será submetida à decisão do Senado.

Marcos do Val Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após chamar para si a responsabilidade, fazendo uma série de denúncias e ameaças contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e até ao presidente Lula (PT), o senador Marcos do Val parece ter sentido a pressão, principalmente após ser alvo de uma operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal (PF), ordenada por Alexandre de Moraes, na semana passada.

Nesta quarta-feira (21), o parlamentar pediu licença do cargo de senador por 115 dias, uma manobra regimental para impedir a posse de seu suplente, Marcos Rogério (PL-RO), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Se tivesse solicitado licença por mais de 120 dias, o suplente teria de assumir.

Nesta terça-feira (20), o parlamentar apresentou problemas de saúde, tais como pressão alta e taquicardia. Ele precisou ser atendido no posto médico do Senado e, logo após, procurou atendimento em um hospital, em Brasília.

O pedido de licença será analisado e decidido pelo plenário do Senado.

Marcos do Val Foto: Pedro França/Agência Senado

PEDIDO DE LICENÇA FRUSTRA O ELEITORADO

Marcos do Val vinha sendo aconselhado por colegas e correligionários a deixar a CPMI do 8 de janeiro após ser alvo de operação da PF, na semana passada.

Com a licença do mandato e, logo, da CPMI, o parlamentar frustra mais uma vez seus eleitores, que aguardavam o desenrolar de suas denúncias recentes sobre a iminente divulgação de documentos acachapantes [que estariam sob sua tutela] para a elucidação dos atos radicais que depredaram prédios dos Três Poderes no Distrito Federal.

Do Val vinha afirmando em suas aparições nas redes sociais que guardava sob sigilo documentos de inteligência que revelaria à CPMI, contendo informações que levariam à prisão do ministro da Justiça, Flávio Dino, e ao impeachment do presidente Lula (PT). Estes documentos ainda não foram apresentados.

Por Marcos Melo

PLENO.NEWS

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