Índios sequestram navios petroleiros na Amazônia

O grupo reteve as embarcações em um rio no Peru.

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Os índios interditam os navios com petróleo e 12 pessoas de sua tripulação com pequenas canoas e ataques com coquetéis molotov | Foto: Foto: Reprodução: TV Peru

Um grupo de índios sequestrou dois navios que transportam petróleo em um rio da Amazônia, no Peru. A informação foi divulgada pela empresa canadense, dona das embarcações, a PetroTal.

“No momento, temos duas barcaças, uma delas de bandeira brasileira, com tripulação brasileira, e a outra é peruana”, disse José Luis Medina, representante da companhia, ao canal TV Peru. “Ambas estão sendo mantidas contra sua vontade, configurando um caso de sequestro.”

“O que mais preocupa é que uma das barcaças contém 40 mil barris de petróleo, o que pode representar um grande risco e perigo para o impacto ambiental da região”, afirmou Medina logo depois de confirmar o sequestro dos navios pelos índios.

A empresa operadora informou que seguidores da Associação Indígena de Desenvolvimento e Conservação de Bajo Puinahua (Aidecobap) mantêm as duas embarcações retidas desde a terça-feira 6, no rio Puinahua, em Loreto, no nordeste do país.

As duas embarcações estão trabalhando para transportar petróleo bruto do Rio Amazonas para o Brasil.

Com pequenas embarcações, os indígenas atacaram os petroleiros | Foto: Reprodução/TV Peru

Ataque com coquetéis molotov

Os índios ocuparam os navios com petróleo e mantêm 12 pessoas da tripulação no local. Eles utilizaram pequenas canoas para impedir o avanço das embarcações e atacaram os petroleiros com coquetéis molotov, segundo informou a companhia.

A PetroTal afirmou que o protesto dos índios busca “coagir a empresa e o Estado a atenderem à sua agenda particular, que é contrária aos consensos e à vontade da maioria da população do distrito de Puinahua”.

Indígenas sequestraram os navios na terça-feira 6 | Foto: Reprodução: TV Peru

Segundo a PetroTal, o grupo se opõe à aprovação do regulamento de administração do Fundo de Desenvolvimento para o distrito de Puinahua, no qual a companhia contribui com 2,5% de sua produção para o desenvolvimento de projetos na região.

REDAÇÃO OESTE

 

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