TikTok tem separação total entre entidades europeias e chinesas
Eric Garandeau, diretor de assuntos públicos da TikTok SAS, afirmou à comissão de inquérito do senado francês que há uma separação jurídica completa entre o TikTok na Europa e outras entidades que operam na China
A ByteDance, empresa-mãe da rede social chinesa TikTok, garantiu hoje que existe uma “separação total” entre as entidades europeias e chinesas, conforme afirmou um executivo da TikTok na França, diante das crescentes restrições enfrentadas pela empresa no ocidente. Eric Garandeau, diretor de assuntos públicos da TikTok SAS, afirmou à comissão de inquérito do senado francês que há uma separação jurídica completa entre o TikTok na Europa e outras entidades que operam na China.
Ele destacou que as várias filiais europeias estão sujeitas a uma legislação que não é a chinesa. A comissão de inquérito está investigando o uso da rede social, a exploração de dados e a estratégia de influência da TikTok, que é muito popular entre os jovens.
Marlène Masure, diretora-geral de operações para França, Benelux e Europa do Sul da TikTok SAS, também será ouvida pela comissão de inquérito ainda hoje. A comissão, criada a pedido do grupo Les Indépendants, deverá apresentar suas conclusões antes do recesso de verão do parlamento.
A comissão já ouviu vários especialistas, além dos eurodeputados Raphaël Glucksmann, presidente da Comissão Especial sobre a Ingerência Estrangeira em Todos os Processos Democráticos da União Europeia, e Nathalie Loiseau, presidente da subcomissão da Segurança e da Defesa. Também está agendada uma audiência com o ministro da Transição Digital e das Telecomunicações, Jean-Noël Barrot, para o dia 19.
Em março, o governo francês proibiu o download e o uso do TikTok (e de outras aplicações “recreativas”) nos dispositivos de trabalho de seus 2,5 milhões de funcionários públicos, citando riscos de cibersegurança. Essa medida seguiu o exemplo de muitos governos e parlamentos ocidentais.
Em abril, a União Europeia apresentou uma lista de 19 grandes plataformas online, incluindo o Twitter, o TikTok e os principais serviços da Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft, que estarão sujeitas a controles mais rigorosos a partir do final de agosto.
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Políticos nos Estados Unidos também têm buscado proibir o TikTok, alegando que a plataforma permite que Pequim colete dados dos usuários sem o seu conhecimento e influencie suas opiniões, algo que o TikTok sempre negou. Durante uma audiência no Congresso dos EUA, em março, o CEO do TikTok, Shou Chew, reafirmou que Pequim não tem acesso a esses dados.
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