Nikolas quer convidar Lula para depor na CPMI do 8 de janeiro

O deputado mineiro também criticou o plano de trabalho indicado pela senador Eliziane Gama.

Nikolas Ferreira Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) requer que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro convide o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para prestar depoimento.

No caso do chefe do Executivo, a CPMI não pode convocá-lo, por isso o termo usado é convite. Assim, o petista poderia responder sobre possíveis omissões de seus subordinados.

– Com relação às acusações que estamos recebendo, inclusive de um petista pedindo para convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro, sei que a CPMI não tem competência de convocar o atual presidente da República, mas deixo aqui o convite para o presidente Lula, afinal de contas, ele é o chefe, se houve algum tipo de omissão do GSI ou do ministro da Justiça, quem responde por isso é ele – sugeriu Nikolas.

O deputado mineiro revelou, nesta terça-feira (6), que está insatisfeito com o plano de trabalho apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Para ele, trata-se de uma orientação parcial e contraditória.

– O plano é completamente enviesado e contradiz a si mesmo. Na página cinco, você tem um trecho que diz que não vai explorar teorias, versões ou narrativas. Contudo, no próprio plano tem um pedido de investigação de algo que foge da cronologia dos fatos, colocando a atuação do ex-ministro Anderson Torres em relação à PRF (Polícia Rodoviária Federal). Se tem, por exemplo, como alvo dessa investigação, manifestações de agentes públicos contra o resultado das eleições.

E continua:

– O plano não tem cronograma e exclui por completo as sub-relatorias. Não posso deixar de reclamar a parcialidade da relatora. Isso não é ataque de sexo ou porque ela é mulher, temos que parar de usar essa questão como escudo para não conseguir ouvir a verdade. A Mesa precisa ter alguma imparcialidade. Além de amiga, ela deixou bem claro desde o primeiro dia da reunião que ela já considera [o ataque de 8 de janeiro] golpista e bolsonarista.

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