Itaú negocia venda de operações na Argentina

A operação do Itaú na Argentina está entre as menores do banco na região da América Latina

Itaú negocia venda de operações na Argentina

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Itaú informou em comunicado ao mercado nesta terça-feira (6) que está em negociação preliminar com o Banco Macro, sediado na Argentina, com o objetivo de vender suas operações no país.

“Listado na bolsa de Buenos Aires e New York, o Banco Macro S.A. é um dos principais bancos privados da Argentina. Possui uma extensa rede de agências no país e oferece produtos e serviços financeiros para todo o território argentino, atendendo a todos os segmentos, desde pessoas físicas até grandes empresas”, diz o Itaú no comunicado.

Segundo dados do BCRA (Banco Central da Argentina), o Macro é o quinto maior banco argentino em ativos, com cerca de 2,1 trilhões de pesos (R$ 42,5 bilhões) em janeiro.

As ações do banco argentino saltaram cerca de 14% na Bolsa americana nesta terça como reflexo da confirmação das negociações, divulgadas inicialmente pela imprensa local da Argentina.

A operação do Itaú na Argentina está entre as menores do banco na região da América Latina. Ao final de março, a carteira de crédito do Itaú no país vizinho somava R$ 9,6 bilhões, apenas à frente do Panamá (R$ 1,6 bilhão) entre as operações do banco na América Latina, e bem atrás de Chile (R$ 157,2 bilhões) e Colômbia (R$ 26,4 bilhões).

O banco iniciou as atividades na Argentina em 1979, voltado à época para a área de atacado, no financiamento de empresas multinacionais no comércio exterior. Em 1998, reforçou a atuação no país com a compra do Banco Del Buen Ayre. Em 2008, rebatizou a operação para Itaú Argentina.

As conversas para a venda das operações do Itaú na Argentina ocorrem na esteira de uma grave crise econômica enfrentada pelo país, com uma inflação que ultrapassou a marca dos 100% em abril, o que levou o BCRA a lançar recentemente uma nota de 2.000 pesos, equivalente a cerca de R$ 20.

O Itaú informou ainda que, até o momento, não assinou documento vinculante em relação a alienação das operações na Argentina e que comunicará imediatamente o mercado sobre qualquer informação relevante a respeito.

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