Na noite desta quarta-feira (31), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento um recurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O político é investigado por corrupção passiva.

O processo foi instaurado após uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2018. Entretanto, o órgão mudou seu entendimento em abril deste ano, passando a defender o arquivamento da denúncia por não haver provas além da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e de seu funcionário, Rafael Ângulo Lopez.

O crime teria ocorrido em 2012. À época, um assessor de Lira foi flagrado com R$ 106,4 mil em dinheiro vivo no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que teria sido pago pelo até então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (SBTU), Francisco Carlos Caballero Colombo, em troca de apoio político.

Na ocasião, Lira reconheceu ter arcado com as passagens de seu assessor, mas negou ter conhecimento sobre a propina.

A data do julgamento ainda não foi marcada. O recurso de Lira vai ser analisado pela primeira Turma da Corte. Nele, os advogados do presidente da Câmara apontam que as mudanças na Lei Anticrime impedem que uma denúncia se fundamente apenas em delações.

Por: Thamirys Andrade

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