“O governo Lula sabotou a CPMI até onde pôde”, aponta Girão
Senador afirmou que oposição não aceitará tentativas de blindar investigação.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apontou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou sabotar e boicotar a criação da CPMI dos Atos de 8 de Janeiro, instalada nesta quinta-feira (25) no Congresso. Para o parlamentar, após a gestão do petista perceber que o colegiado havia se tornado inevitável, passou a tentar “blindar a investigação” ocupando as cadeiras da comissão.
– A população quer apenas que a verdade venha à tona e que sejam punidos os responsáveis pelos atos deploráveis que ocorreram no 8 de janeiro. Com relação à montagem da comissão, o governo Lula sabotou e boicotou até onde pôde essa CPMI – declarou o senador em entrevista à Jovem Pan News.
Na sequência, o parlamentar mencionou denúncias de colegas que teriam sido pressionados a retirar suas assinaturas do requerimento que previa a criação do colegiado.
– A própria mídia divulgou e parlamentares denunciaram que tiveram assédio com dezenas de milhões de reais em emendas e até cargos federais para retirar as assinaturas. Como alguém que se diz vítima desde o começo, como o governo Lula, não quer investigar? – questionou.
Girão defendeu que as comissões são instrumento da oposição.
– Quando vazaram as imagens, especialmente aquela onde o G. Dias, junto com sua equipe, entregando água e recebendo os invasores como se estivesse fazendo uma reunião em casa, o governo quis imediatamente ocupar essa CPMI, com a presidência e relatoria. Ou seja, dando uma ideia muito clara de que quer blindar a investigação, e nós não vamos aceitar. A CPI e a CPMI são instrumentos da minoria, da oposição – garantiu.
Por fim, o senador afirmou esperar que a CPMI não “fique naquela lacração que não leva a lugar nenhum”, mas que seja técnica a fim de “jogar luz sobre essa sombra que o Brasil está envolvido”.
Por: Thamirys Andrade
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