Dos sete ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três foram indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda assim, a votação para a cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi unânime, na noite desta terça-feira (16).

Os indicados de Bolsonaro para a Corte foram: Sérgio Banhos, nomeado em 2019; Nunes Marques, em 2020; e Carlos Horbach, em 2021.

Três outros ministros foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em mandatos anteriores. A saber: Cármen Lúcia, Beneditos Gonçalves – relator da ação que cassou Deltan-, e Raul Araújo. Alexandre de Moraes, por sua vez, foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer em 2017.

Todos os ministros acompanharam o voto do relator Benedito Goncalves sem discussão e debate.

O Movimento Brasil Livre (MBL) comentou o fato nas redes sociais. Após “fazer a conta” dos ministros, o grupo disse que o país está “ferrado”.

– 3 dos 7 ministros que cassaram Dallagnol foram nomeados por Bolsonaro. Era pelo menos para ter sido 4 a 3. Foi 7 a 0. Estamos ferrados – publicou o MBL.

O TSE é composto por, no mínimo, sete ministros titulares, sendo três ministros efetivos provenientes do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois da classe dos advogados.

Por: Monique Mello

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