PT e Eduardo Cunha zombam da cassação de Deltan Dallagnol
Gleisi Hoffmann afirmou que Deltan terá um “PowerPoint para chamar de seu”.
A cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), deliberada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), subiu em poucos minutos para o primeiro lugar dos assuntos mais comentados do Twitter na noite desta terça-feira (16). Cerca de quinze minutos depois da notícia, mais de 30 mil publicações sobre o episódio foram feitas.
O julgamento durou cerca de 1h30, mas, entre o fim da leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, e a proclamação do resultado, passou-se um minuto e seis segundos. Todos os ministros acompanharam Gonçalves, sem manifestações. O ministro Alexandre de Moraes, que proclamou o resultado, determinou imediato cumprimento.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi preso no âmbito da Operação Lava Jato, comemoraram a decisão contra o opositor político, em manifestações que foram desde ironias com PowerPoint a versículos bíblicos. Por sua vez, o senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil-PR), antigo companheiro de trabalho de Dallagnol na Lava Jato, se disse “estarrecido”.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse: “Agora Deltan Dallagnol tem um PowerPoint para chamar de seu! Cassado!”. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), por sua vez, disse que Dallagnol “delinquiu no MP ávido pelo poder”, em referência à atuação do ex-procurador da República em Curitiba.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, usou um versículo bíblico para comentar a cassação.
– Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados – escreveu Dino.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por outro lado, lamentou a perda do cargo de Dallagnol.
– Perde a política. Minha solidariedade aos eleitores do Paraná e aos cidadãos do Brasil – declarou.
Um outro personagem da política que também se pronunciou foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. No Twitter, logo que o resultado foi anunciado, o ex-parlamentar escreveu: “Tchau querido”. A expressão é uma adaptação do famoso “Tchau querida”, célebre durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
*Com informações AE
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