“Curitiba gerou Bolsonaro e tem germe do fascismo”, diz Gilmar

Ministro do STF afirmou que denúncias de procuradores contra Lula eram combinadas com o ex-juiz Sergio Moro.

Gilmar Mendes no Roda Viva Foto: Reprodução / Twitter

Ao criticar a Operação Lava Jato nesta segunda-feira (8), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Curitiba, capital do Paraná, possui o “germe do fascismo” que “gerou” a ascensão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações ocorreram durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.

A fala do ministro foi uma resposta ao questionamento do jornalista João Almeida Moreira, do Diário de Notícias. Na ocasião, o comunicador perguntou se o magistrado sentia algum arrependimento por ter suspendido a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil do governo Dilma.

Gilmar negou, afirmando que viu desvio de finalidade na nomeação, mas disse que a denúncia contra o ex-presidente era combinada pelos procuradores com o até então juiz da 21ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro (União Brasil-PR).

– Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive, todas as práticas que desenvolvem: investigações atípicas. Não é por acaso que os procuradores, talvez até por uma certa falta de cultura, os procuradores dizem assim: “Nós aplicamos aqui o código processual penal do russo”. Talvez, eles quisessem dizer do soviético, da Rússia soviética. Mas chamavam… o Moro tem o código penal dele próprio, russo era o nome dele, e eles faziam esse tipo de comentário. Os procuradores que eram parceiros. A denúncia contra o Lula era combinada com o Moro – assinalou Gilmar.

A declaração do ministro causou indignação em internautas que interpretaram as falas como “xenofobia” e “desmerecimento” a Curitiba.

– Ministro Gilmar Mendes no Roda Viva chamando o povo de Curitiba de fascistas na maior cara de pau. O prefeito de Curitiba precisa emitir urgentemente uma nota de repúdio contra esse ataque ao povo curitibano – avaliou um usuário do Twitter.

– Xenofobia da toga pode? – questionou outro.

– Em um país sério, jamais um ministro estaria em um programa de TV, desmerecendo uma cidade. Como não existe mais lei na magistratura, aí está! – completou mais um.

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