O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, e contrapôs os argumentos contra a participação do ex-chefe do Executivo no evento com a ida do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, à China com a comitiva presidencial.

Em uma entrevista concedida por Tarcísio ao programa Estúdio i, da GloboNews, o governador foi questionado pela jornalista Andréia Sadi se a ida de Bolsonaro à Agrishow não transformaria o evento em um “palanque político”. Em resposta, o gestor estadual disse que a ida de Bolsonaro ao evento do agro era “menos grave” que a presença de Stédile na comitiva de Lula na China.

– É menos grave o ex-presidente estar na Agrishow do que o líder do MST estar na China – resumiu.

STÉDILE NA CHINA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou para o encontro que teve em abril com o presidente da China, Xi Jinping, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile. A presença de Stédile na comitiva oficial em Pequim ocorreu após a divulgação de vídeo em que o dirigente do movimento prometia retomar as invasões de terra.

O prestígio dado ao dirigente do MST aconteceu no mesmo momento em que o governo petista tentava se aproximar e romper resistências junto ao agronegócio. Stédile, no entanto, não é figura bem vista pelo setor produtivo rural. Em abril, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a prisão temporária ou preventiva de Stédile.

Ao participar da posse da ex-presidente Dilma Rousseff como dirigente do banco do Brics, no dia 13 de abril, Lula ainda fez questão de registrar a presença de Stédile no evento em Xangai.

Por: Paulo Moura

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