Michelle Bolsonaro: “Na minha casa, apenas eu fui vacinada”
Ex-primeira-dama se pronunciou após operação da Polícia Federal nesta quarta-feira.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se pronunciou, na manhã desta quarta-feira (3), sobre a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal para apurar a possível prática de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A ação resultou na prisão de seis pessoas, algumas delas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nos stories de seu perfil no Instagram, a ex-primeira-dama, compartilhando uma matéria do Pleno.News sobre o tema, disse que apenas ela foi vacinada em sua família e ressaltou que soube do motivo da operação por meio da imprensa, já que sua defesa não teve acesso aos autos.
– Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria “falsificação de cartão de vacina” do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas eu fui vacinada – destacou Michelle.
Diante das acusações, Bolsonaro também se pronunciou frisando que não tomou o imunizante e negando qualquer adulteração de sua parte.
– Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final. Ela [Michelle] tomou a vacina nos EUA, da Janssen. E outra, minha filha, que eu respondo por ela, a Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. Tenho laudo médico no tocante a isso. Fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo – assinalou.
SOBRE A OPERAÇÃO
A ação da Polícia Federal, batizada de Venire, cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, os agentes também analisam material apreendido durante as buscas e realizam oitivas de pessoas que possuam informações a respeito dos fatos investigados.
Nesta manhã, além das seis prisões, os agentes da PF fizeram buscas em um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. O ex-chefe do Executivo, que teve o celular apreendido, não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.
A PF informou que as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a possibilidade de permitir que pessoas pudessem fazer a emissão de certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos.
As ações policiais acontecem dentro do inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, atualmente em tramitação no STF. A Polícia Federal informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Por: Paulo Moura
PLENO.NEWS