O que é a Otan? Dilma explica

Voltou a circular nas redes sociais um vídeo em que a ex-presidente critica a atuação da aliança militar ocidental.

DilmaDilma é a nova presidente do NBD | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Voltou a circular nas redes sociais um vídeo em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tenta explicar os objetivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A gravação é de 2022. Na ocasião, a petista reproduziu um suposto discurso do primeiro secretário-geral da aliança militar, Lord Ismay.

“A Otan é para manter a União Soviética fora, os norte-americanos dentro e os alemães, diríamos assim, reduzidos ou diminuídos”, observou Dilma, em entrevista ao jornal Brasil 247. “Isso é uma tradução da seguinte citação em inglês: ‘Keep the Soviet Union out, the americans in and the germans down’. Esse é o espírito para o qual a Otan foi criada.”

Tocador de vídeo

Adiante, Dilma especulou os possíveis motivos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A petista mencionou a Revolução Laranja, uma onda de protestos contra fraudes eleitorais nas eleições ucranianas, entre 2004 e 2005; e a própria existência da Otan, que teria contrariado os interesses do Kremlin.

“O que é a Ucrânia?”, perguntou a ex-presidente do Brasil. “Ela é um produto da dissolução da União Soviética. A Crimeia nunca foi ucraniana. A Crimeia ucraniana é aquela história de Nikita Khrushchov, que era ucraniano e deu, no aniversário da Ucrânia, a Crimeia. Era a mesma coisa. Então, ficava ali.”

Dilma é Lula

O discurso de Dilma está em linha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recentemente, o chefe do Executivo afirmou que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia ocorre apenas porque os dois países quiseram. O petista fez a declaração em 16 de abril, durante visita aos Emirados Árabes Unidos.

“A decisão da guerra foi tomada pelos dois países”, afirmou Lula. A análise do presidente brasileiro é divergente da adotada pelos Estados Unidos e pela Otan.

A avaliação do petista não leva em consideração que a Rússia invadiu o país vizinho, em fevereiro de 2022. Na ocasião, o Kremlin ordenou que o Exército bombardeasse regiões autônomas da Ucrânia. Os ucranianos revidaram, e a guerra passou a escalar.

Por: Edilson Salgueiro

REVISTA OESTE

Deixe uma resposta