Dino diz que atos tiveram apoio de generais “traidores do Brasil”

Segundo ministro da Justiça, 8 de janeiro foi conduzido por núcleo militar, econômico e político.

Flávio Dino Foto: Tom Costa/MJSP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que generais e oficiais militares se envolveram no 8 de janeiro e “traíram” o Brasil. Segundo ele, mais de 100 militares já foram ouvidos, e há suspeitos entre altos níveis hierárquicos.

– Estou falando de generais, de oficiais, que traíram. São traidores do Brasil. Ficam dizendo que são patriotas, mas são traidores. Cantam o Hino Nacional, juraram defender a Pátria, mas traíram a Constituição – afirmou durante entrevista ao ICL Notícias.

Ainda de acordo com Dino, “tivemos três vertentes que conduziram ao 8 de janeiro”:

– O núcleo econômico, que não parece envolver grandes empresários. São empresários grandes em contextos regionais. O segundo núcleo é político e o mais notável e identificado é meu antecessor [Anderson Torres]. E tivemos em terceiro lugar o núcleo militar – afirmou.

ALVO DE PEDIDO DE PRISÃO
Deputados da oposição apresentaram à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta segunda-feira (24), um pedido de prisão contra o ministro da Justiça. Para os parlamentares, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, deixou claro em seu depoimento à Polícia Federal que Dino sabia dos riscos das manifestações do dia 8 de janeiro.

– Dessa forma, questionamos: se Dino sabia, por que não alertou os presidentes da Câmara dos Deputados, Senado e STF sobre o risco iminente? É válido ressaltar que utilizamos a mesma justificativa jurídica que mantém até hoje Anderson Torres preso. Ora, a situação é a mesma. Por que um segue encarcerado e o outro não? Afinal de contas, somos ou não somos todos iguais perante a lei? Se Anderson está detido, Flávio Dino também deve estar – comentou o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC), um dos autores do pedido de prisão.

Por: Thamirys Andrade

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