Ao todo são mais de 900 horas de gravações captadas por mais de 30 câmeras instaladas em áreas internas e externas do prédio. A entrega foi efetuada para atender a uma determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura as manifestações do 8 de janeiro.

A ordem foi dada depois da divulgação dos vídeos das câmeras de segurança do Planalto detalhando a movimentação dos manifestantes no prédio do Executivo. Os registros também mostraram o então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, em meio aos invasores.

As cenas apontam como o GSI agiu naquela tarde e levantaram suspeitas de colaboração e omissão das autoridades. Na ocasião, as sedes do STF, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional foram depredadas.

Moraes afirmou que as investigações dos atos exige não apenas punição àqueles que “criminosamente pretenderam causar ruptura do Estado Democrático de Direito”, mas também aos agentes públicos civis e militares que “foram coniventes ou deixaram de exercer suas atribuições legais”.

Em depoimento sobre suas ações no 8 de janeiro, o general e ex-ministro-chefe do GSI Gonçalves Dias afirmou ter entregue as imagens das câmeras da Presidência às instituições de Estado, “sem omissão de possíveis filmagens”. Versão essa que contradiz a cobrança feita por Alexandre de Moraes em despacho no qual determinou a quebra do sigilo das gravações e a entrega na íntegra do material.

O general declarou ainda que houve um “apagão” geral no sistema de inteligência, no que chamou de “crise do 8 de janeiro”, por falta de informações dadas pelas autoridades para aquele dia.

REDAÇÃO OESTE