Lula é alvo de protestos em Portugal

Ucranianos reuniram-se em frente à embaixada brasileira em Lisboa.

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Ucranianos protestaram contra o presidente Lula na porta da embaixada brasileira | Foto: Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de protestos na sexta-feira 21, em Portugal.

Ucranianos foram até a embaixada do Brasil em Lisboa com bandeiras, cartazes e fotos do conflito para cobrar o presidente brasileiro das recentes declarações sobre a guerra.

A refugiada ucraniana Yana Kolomiiets, que está em Portugal há quatro meses, participou do protesto em Lisboa, e disse ter se sentido “terrível” ao ouvir os comentários de Lula. “Isso me deixou tão chateada porque não sei como o presidente do Brasil pode apoiar Putin”, disse a jovem de 27 anos à agência de notícias Reuters.

Do lado de fora da embaixada, os manifestantes seguravam cartazes dizendo: “A Rússia é um Estado terrorista” e “Pare de matar nossos filhos”.

O presidente da Associação Ucraniana de Portugal, Pavlo Sadokha, disse que a Ucrânia precisa de apoio e não de críticas. “Morrem pessoas todos os dias e precisamos de apoio internacional.”

A associação de Sadokha entregou uma carta à embaixada brasileira para expressar seu descontentamento. O documento foi entregue ao embaixador do Brasil, Raimundo Carreiro, e ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macedo.

Lula, que faz visita oficial em Portugal, causou polêmica ao sugerir que tanto a Ucrânia quanto a Rússia eram os culpados pelo conflito, que começou quando Moscou invadiu seu vizinho em fevereiro de 2022.

No fim de semana passado, quando estava na China, Lula afirmou que os Estados Unidos e os aliados europeus deveriam parar de fornecer armas à Ucrânia, dizendo que estavam prolongando a guerra.

O governo ucraniano criticou a atitude, por tratar “a vítima e o agressor” da mesma forma.

Nos últimos dias, Lula tentou contornar o mal-estar que ele criou e abrandou sua retórica, condenando a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia.

REDAÇÃO OESTE

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