O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações que foram consideradas inadequadas e mesmo preconceituosas sobre pessoas com deficiências mentais, durante encontro com autoridades para tratar de atentados a escolas, nesta terça-feira (18). Na ocasião, o chefe do Executivo relacionou pessoas com distúrbios psíquicos à violência e disse que elas possuem “problema de desequilíbrio de parafuso”.

Na ocasião, Lula discursava para lideranças dos Três Poderes, incluindo governadores e prefeitos. Em seu discurso, ele defendeu a necessidade de estudantes passarem por avaliações de saúde mental.

Consultada pelo periódico, a presidente da comissão de defesa dos direitos da pessoa com deficiência da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP), descreveu parte da fala de Lula como “profundamente infeliz”. Ela explicou que dados apontam que essas pessoas são, via de regra, vítimas de violência, não autoras de ataques.

Também pontuou que determinados termos podem reforçar o estigma contra a população que sofre de transtornos intelectuais, comportamentais e emocionais.

– Os termos usados, que muitas vezes a gente entende como do cotidiano, de uma conversa com amigos, ou que em espaços informais ainda passam como inofensivos, são ferramentas de desumanização e estigmatização contra quem é vítima de violência – acrescentou.

Werner considera necessário que o presidente se retrate a respeito do tema.

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